Dimensão
utópica
Se
a educação, por natureza, é utópica,
com maior razão o é a educação
cristã.
Educar “na esperança” ou “para a
utopia” é cultivar expectativas e preparar as
pessoas para que se neguem a aceitar a realidade atual como única
possível e se empenhem na sua transformação.
Trata-se de um imperativo ético, próprio da natureza
humana. Salientamos aqui duas funções éticas: "A
função crítica pelo discurso ético
detecta, desmascara e pondera as realizações
inautênticas da realidade humana. A função
utópica projeta e configura o ideal normativo das realizações
humanas. Essa dupla função concretiza-se na busca
de 'fins' e de 'significados', na necessidade de utopias globais
e no valor inalievável do ser humano e de todos os seres,
onde ele não é sujeito nem valor fundamental
da moral numa consideração fechada de si mesmo" (PCN
- Ens.Religioso, p.37).
A
esperança cristã, a utopia, alimenta as forças,
alarga o horizonte até torná-lo universal e transcendente.
Aqui nasce o cristão missionário. Aqui o carisma
do Allamano toca os limites do céu e da terra e se torna
Consolação. “Alguns não são
capazes de alargar o coração!”, dizia ele. “Quando
se espera pouco, ofende-se a Deus”.
Sua
esperança é visível quando se entra
na sua devoção mariana. “O desejo de Nossa
Senhora é que todos se salvem.”
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