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Mestres da batuta

O futebol tem a máxima de que um grande time começa com um grande goleiro. Na música, a história também é um pouco parecida: uma boa banda (ou fanfarra) começa com um bom maestro. E nesse quesito, registre-se, o Consolata sempre foi privilegiado.

Tudo começou em 1971, quando a direção do Consolata apoida pela Associação de Pais e Mestres (APM), decidiu oferecer à comunidade mais uma oportunidade, criando a fanfarra. O primeiro maestro convidado doi Júlio César Pereira dos Santos. foram 21 anos de dedicação total, com estilo rígido, disciplina e, acima de tudo, muita amizade. "Tínhamos uma forte ligação afetiva com o Júlio. a cobrança era grande, porém, no fina, éramos campeões. Ele era apaixonado pelo que fazia", testemunha Cláudia Regina Pereira de Souza Álvares, integrante da fanfarra de 1976 a 1987 e atual coreógrafa da linha de frente.

Júlio era filho de pianista e aprendeu música desde pequeno em casa, na escola e, mais tarde, em cursos especializados. Na época de estudante, começou a tocar em fanfarras. Virou maestro. Comandou várias fanfarras de São Paulo, mas sua dedicação maior foi mesmo ao Consolata. Perfeccionista, acumulou muito prêmios com destaque para o de "Instrutor do Ano" no Campeoano de Bandas e Fanfarras da Rádio e TV Record, 1980. Problemas de saúde o levaram a se afastar do grupo em 1992.

O discípulo

O maestro fundador se foi e deixou um discípulo: Rogério Wanderley Brito. Aluno do Consolata da pré-escola ao colegial, tocou por quinze anos na fanfarra (continuou no grupo mesmo depois de sair da escola), foi ajudante de Júlio na organização e assumiu a batuta depois de se formar em educação artística, composição e regência. "Sou da primeira turma da fanfarra. Na época, só alunos do ginásio podiam fazer parte, mas eu era alto e na 3° série já consegui o meu lugar. acabei descobrindo minha profissão ali." Rogério deixou o comando em 1994.

O futebol tem a máxima de que um grande time começa com um grande goleiro. Na música, a história também é um pouco parecida: uma boa banda (ou fanfarra) começa com um bom maestro. E nesse quesito, registre-se, o Consolata sempre foi privilegiado.

Familiaridade Musical

Marcelo Bonvenuto, o terceiro e atual maestro da agora Banda Consolata, tem a música no sangue. Desde pequeno esteve em contato com esse universo. O avô fabricava instrumentos e o pai era professor de fanfaras. Com cinco anos, já se apresentava como mascote e a precocidade não pára por aqui. Aos quinze, assumiu a fanfarra da escola em que estudava e aos dezoito entrou para a banda do Exército, enquando cumpria o serviço militar. Em 26 anos de dedicação à música, Marcelo estudou bastante. Cursou a faculdade de educação artística, com especialização em música, e de composição e regência, além de estudar nos Estados Unidos.

No Consolata, implementou as aulas de Teoria Musical e foi responsável pela transformação da fanfarra com pisto em banda marcial. "Pouquíssimas escolas oferecem uma estrutura tão grande para esta área, pois o investimento é alto. É importante o empenho do colégio em manter esta atividade", diz o atual maestro.