ABRIL: Feliz Páscoa!  
Ir. Cecilia Beltrame

Diretora do
Colégio
Consolata

 

Publicado dia 07 de abril de 2017.
 

 

 

“Ressuscitou como havia dito

Somos testemunhas do medo ou da ressurreição?
 “Depois do sábado, ao raiar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. De repente, houve um grande terremoto: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, removeu a pedra e sentou-se nela. Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes, brancas como a neve. Os guardas ficaram com tanto medo do anjo que tremeram e ficaram como mortos. Então o anjo falou às mulheres: ‘Vós não precisais ter medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. Ide depressa contar aos discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis’. É o que tenho a vos dizer’. E saindo às pressas do túmulo, com sentimentos de temor e de grande alegria, correram para dar a notícia aos discípulos.” (São Mateus 28,1-8)

Ninguém ressuscitará se não cultivar um olhar ressuscitado para sua própria história. Compreendamos que o sepulcro está vazio, mas é preciso coragem para remover a pedra e aceitar a presença de Cristo ressuscitado em nosso meio. Podemos até ser como Tomé, querer tocar nas chagas para acreditar; ou como Maria Madalena, que vê Jesus, mas não o reconhece; ou ainda, como os discípulos de Emaús, que se sentindo derrotados não percebem Jesus que lhes acompanha. 

 Após um fracasso, humanamente falando, para quem se sente só e abandonado, a tentação é a de olhar para trás, para aquilo que aconteceu ontem ou então, permanecer nos muitos sepulcros que prometem algo e que não dão em nada. Por isso é Páscoa! É hora de remover a pedra dos afetos e das emoções, das lamúrias e dores. É hora de remover essa pedra e ressurgir.

Na ressurreição de Cristo, encontramos dois tipos de testemunhas: os guardas e as mulheres. Os guardas se tornaram testemunhas do medo, já as mulheres saem para anunciar, testemunhar que o Senhor ressuscitou.

Somos testemunhas do medo quando:

Vivemos na desesperança: Não permitimos que a ressurreição adentre em nosso coração; fechamo-nos às manifestações e à voz de Deus, resistindo ao Seu amor.

Falta-nos confiança:
Independente das dificuldades que nos visitam, se confiarmos e nos abandonarmos em Deus, nada nos faltará. Inúmeros são os sepulcros, mas é preciso confiar no Senhor. Para ter fé, temos de conviver mais com as perguntas do que com as respostas.

Falta-nos ousadia:
Não precisamos sentir, mas sim nos abandonar. Não vacilemos diante dos desafios, mas ousemos na fé. Ousar na fé é dar passos, mesmo sem saber aonde chegaremos, pois a confiança nos leva a ir além.

Falta-nos alegria:
A alegria não está na vida daqueles que são testemunhas do medo, não existe autêntico seguimento de Cristo sem ser alegre. O discípulo alegre busca a alegria na ressurreição do Senhor.

Vivemos carentes: É difícil conviver com pessoas carentes, tão necessitadas de atenção! As carências são vazios que ficaram em nosso coração por não termos recebido o amor de que necessitávamos ao longo do nosso caminho. A carência é uma desnutrição emocional.

Somos testemunhas da ressurreição quando:


Alimentamo-nos do Cristo ressuscitado.
Trazemos em nós características que anunciam a ressurreição.

Cultivamos a esperança.
Quem vive a esperança não se deixa encarcerar por sentimentos que o impede de sair do sepulcro. O Senhor nos convida a termos um olhar de esperança para as diversas situações que vivemos, seja no matrimônio, profissão, família, doença... O Senhor sempre tira algo de bom de tudo o que nos acontece.

Viramos a página e seguimos adiante:
Deus não escreve uma nova história se não virarmos a página e O deixarmos escrever novamente.  Deixemos o Senhor reescrever nossa história.

Não desistimos diante das dificuldades:
Somente cresceremos como Deus quer quando soubermos superar a força do vento que vem para nos sacudir e tirar a paz. Tenhamos coragem para anunciar com alegria o Senhor ressuscitado. A vida é bela, “ama e faz o que queres”!

Por isso é Páscoa! É preciso maravilhar-se novamente com Cristo ressuscitado, para podermos sair dos nossos espaços vazios e abrir-nos à esperança que remove as pedras do nosso sepulcro e nos dá coragem para anunciarmos pelo mundo afora o Evangelho da vida. 

Que a luz do Jesus ressuscitado ilumine doravante o nosso caminhar e nos dê forças para prosseguirmos.

Que a Páscoa aconteça em plenitude em nossa vida, família, amigos e comunidade!

Votos de Santa e Feliz Páscoa!

Com carinho,
Ir. Cecilia Beltrame
Direção