Para eles trata-se de algo que está muito distante para se pensar agora. Parando para analisar essa questão, levando-se em conta que uma das características que marca essa juventude é o imediatismo, onde tudo acontece muito rápido, eles não deixam de ter razão. Pensar em um projeto de vida quando se está na faixa etária de 14 e 17 anos é algo muito “surreal”. Em outras palavras: para eles não dá pra levar muito a sério essa questão, pois é muito subjetiva.
Diante desse quadro, como despertar em nossos adolescentes e jovens esse olhar com mais atenção e cuidado?
Na Orientação Profissional do Colégio Consolata, procuramos trabalhar com a ideia de construção do projeto de vida que já está em andamento: a importância de se fazer BEM FEITO HOJE. Vamos para exemplos mais práticos: estudar bem para se abrir um leque de conhecimentos, ficar por dentro do que está acontecendo no Brasil e no mundo, ir ao cinema, ao teatro, visitar espaços culturais, participar de debates, fazer curso de línguas, viajar, praticar atividades físicas, alimentar-se bem, cuidar da espiritualidade, realizar trabalho voluntário. Essas são algumas atitudes positivas, dentre tantas outras, que encorajam o nosso jovem a se posicionar frente às questões que vão surgindo nessa fase de sua vida.
Com a intenção de acrescentar e enriquecer na formação humana dos nossos alunos dos 9º.anos e Ensino Médio, a equipe de Orientação Profissional do Colégio Consolata, organizou um bate-papo com o Prof. Marcélio Ribeiro, Coordenador da Avaliação Educacional, sobre: “A qualidade das nossas escolhas hoje”.
Segundo o Prof. Marcélio “Quem se prepara bem hoje, tem grande chance de ser um excelente profissional no futuro”. O problema é que essa ideia, na prática, não está disseminada na vida moderna. Conforme o vídeo do Professor Clóvis de Barros, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, para o filósofo Schopenhauer (1788-1860) a angustia emana de dois sentimentos de insatisfação permanente. O primeiro está relacionado aos nossos desejos, pois, evidentemente, sempre desejamos o que não temos, mas quando temos, não desejamos mais. O Professor Marcelio usou como exemplo o que uma boa parte das pessoas faz quando tomam refeições em lanchonetes Fast Food: “damos uma mordida pensando na próxima, não saboreamos o que estamos fazendo”. Além dessa constatação, o segundo sentimento que consome a nossa vida e fortalece a angustia é a concepção de utilidade. Se algo não for útil, ou seja, servir para outra coisa e não a si mesma, consideramos aquilo como inútil. Falar sobre projeto de vida nesse contexto é, em última instância, gerar angustia na vida de alguns jovens. Por isso que a única forma de focar em algo que realmente vale a pena lutar é ensiná-los, desde pequenos, a “saborearem” o que estão fazendo e não acreditar que aquilo é importante porque vai servir para alguma outra coisa. O valor de fazer bem feito o que se faz está em si mesmo.
Entretanto, apesar dessas colocações, o professor Marcelio chamou a atenção dos benefícios do ENEM na vida acadêmica dos alunos, após a conclusão da Educação Básica. Por fim, apresentou algumas realidades presentes no Ensino Superior que exigem deles uma constante atualização de informações para poder conhecer e usufruir os benefícios oferecidos. Como diria o Bem Aventurado Pe. José Alamano “Fazer o bem e bem feito”, é uma forma de passar pela vida e deixar a sua marca desde já. Nós acreditamos nisso, e você?
Equipe de Orientação Profissional
Profa. Maria da Penha Almeida Prado
Prof. Marcélio Ribeiro
Profa. Ozenir
Profa. Cristina Gimene
Confira as fotos!